quarta-feira, 16 de junho de 2010

Israel finalmente questionada.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/750573-onu-aponta-ambicoes-territoriais-de-israel-e-denuncia-anexacao-de-terras.shtml

Este tipo de noticia ninguém veicula com tamanha insistência.
Finalmente alguem questionou a questão da invasão israelense. Pena que não acredito que vá muito longe...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Doutrina de Choque




Este vídeo torna explícito muitas coisas...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Hipocrisia?



Matéria da Folha de São Paulo, em 01/06/2010.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/743744-israel-diz-que-condenacao-da-onu-a-ataque-e-hipocrita.shtml



Será que fazemos parte de uma grande piada e não estamos a entender?
Parece que sempre que algo ou alguém não concorda com as atitudes racistas, xenofóbicas, unilaterais, exclusivas de Israel é hipócrita. Praticamente um sinônimo para qualquer coisa que se refira a uma imagem que Israel não quer passar.
Não quer passar?
Praticamente todos os dias mutila o povo palestino em troca de quê?
Impõe sanções ao povo palestino por que?
Cerca seus povoados por que?
Institui um apartheid na Paletina para que?

Simplesmente porque são donos do mundo. Ou como diriam alguns entendem-se como filhos do dono.
Ridículo, no mínimo inaceitável.

A ocupação israelense tem de acabar. Não mais podemos aceitar crimes contra a humanidade, ainda mais quando centrados, como é a relação Israel-Palestina.

Ainda têm a cara de pau de dizer que estão preocupados com a imagem do país?

Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que a ONU não serve de nada.
Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que Israel é, na verdade, um país bárbaro.
Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que Israel sempre é tomado como coitadinho da história.
Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que os Estados Unidos tem algum interesse muito grande na região, por isso mantém um forte aliado (cabe aqui uma outra discussão).
Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que os crimes contra a humanidade só entram em pauta quando há um interesse econômico maior que o anterior na região.
Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que Israel não suporta que os outros fiquem contra ele.
Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que Israel não tem senso de proporcionalidade (tantos pelas "respostas" aos supostos ataques palestinos quanto ao bloqueio, diga-se ridículo, que impõe à Palestina, o que cabe outras discussões).

Fica demonstrado estatisticamente e historicamente que as pessoas não estão nem aí para os que não morrem à sua porta.

É... acho que tudo não passa de uma grande piada... só que não entendi a graça ainda...

terça-feira, 11 de maio de 2010


“Já ouviu falar daquele louco que acendeu uma lanterna numa manhã clara, correu para a praça do mercado e pôs-se a gritar incessantemente: “Eu procuro Deus! Eu procuro Deus!". Como muito dos que não acreditam em Deus estivessem justamente por ali naquele instante, ele provocou muita risadas... “Onde está Deus!”, ele gritava. “Eu devo dizer-lhes: nós o matamos – você e eu. Todos somos assassinos... Deus está morto. Deus continua morto. E nós o matamos...”


(Friedrich Nietzsche, Gaia Ciência (1882), parte 125.)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MORTE

Minha hora chegou. Digo "adeus, mundo cruel"!!!

CALMA!!!
Não sou eu quem irá morrer.
Quem deve morrer é o MUNDO CRUEL e não o indivíduo.
Digamos que minha hora chegou porque agora tenho mais consciência de minha capacidade, consciência de minha condição de formador de opinião, consciência que posso fazer muito por este mundo.
Este mundo deve morrer (pelo menos como ele é hoje) para dar lugar a um MUNDO PRÓSPERO.
Devemos dar a luz a este novo mundo.
Todos unidos devem gerar este filho. Vamos cuidar deste filho com amor. Vamos dar esperança a este filho.
VAMOS DESCONSTRUIR ESTE MUNDO CRUEL!!!

As várias faces da MORTE

O que é, de fato, morrer?
Acredito que não há uma resposta correta. Tudo depende da semântica.

Se envelheço e chega a hora, ou levo um tiro, ou sou atropelado, ou caio de um prédio, etc. eu posso morrer. É apenas fato consumado no primeiro exemplo. Isso é morrer, do ponto de vista "clássico".
As perguntas que a seguir são retóricas:
Alienar-se não é, de certa forma, morrer? Tapar olhos e ouvidos para o mundo não é, de certa forma, morrer? Isolar-se do mundo não é, de certa forma, morrer? Abandonar as pessoas não é, de certa forma, morrer?

Morrer dessa forma é uma morte que pode ser evitada. Morrer dessa forma é uma eutanásia. Cabe a cada um decidir se pretende morrer desta maneira.
Estar morto dessa maneira é ser um desmorto, ou morto-vivo. O sofrimento continua...

Deixe a morte para o tempo certo...

Não, a pior tragédia não é a que tomba inesperada, rápida, definitiva e única como um raio e que até pode ser atribuída a castigo divino... Mas a que se arrasta quotidianamente, surdamente, monótona como chuva miudinha.

Mário Quintana

sábado, 8 de maio de 2010

Einstein disse

QUAL O SENTIDO DA VIDA?


Tem um sentido a minha vida? A vida de um homem tem sentido? Posso responder a tais perguntas se tenho espírito religioso. Mas, “fazer tais perguntas tem sentido?” Respondo: “Aquele que considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver”.


Albert Einstein, no livro COMO VEJO O MUNDO.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Uma dúvida gera uma pergunta, que gera uma resposta, que gera outra dúvida.

P: O que é indivíduo?
R: Indivíduo é cada pessoa, em seu próprio ser.

P: O que é união?
R: União é juntar-se.

P: O que é coletividade?
R: É a união de vários indivíduos.

P: O que é uma cidade?
R: É uma coletividade delimitada por um limite urbano.

P: O que é um estado?
R: É a junção de várias cidades, delimitando-se no limite do próprio estado.

P: O que é uma nação?
R: É a junção de vários estados, suas capitais, suas cidades e os indivíduos contidos nesse contexto.

P: O que é o mundo?
R: O mundo é a junção de todas as pessoas e nações.

P: Se uma coisa tão abrangente como "MUNDO" partiu de algo tão singular quanto "INDIVÍDUO", por que as pessoas parecem não estar inseridas no MUNDO? Por que as pessoas não se juntam, então? Por que essa idéia de MUNDO UNIDO é só virtual?
R: Acabei de achar algo que ainda não sei a resposta...

terça-feira, 20 de abril de 2010


Dou o nome de Estado ao lugar em que todos, bons e maus, gostam de veneno. Vede, pois, esses que estão a mais! Adquirem riquezas e só conseguem tornar-se mais pobres. Esses impotentes querem o poder e, antes de todo o resto, a alavanca do poder, ou seja, muito dinheiro! Vede-os trepar, esses ágeis macacos! Sobem uns por cima dos outros e empurram-se para a lama e para o abismo.

Friedrich Nietzsche

domingo, 18 de abril de 2010

A Arte feita por certos homens

Guernica é um quadro do pintor Pablo Picasso que retrata um fato ocorrido em 1937 na cidade de mesmo nome.
Neste ano, Guernica foi bombardeada por aviões alemães. Sem dúvida, muitos morreram.

Em certa exposição na Europa, Picasso estava ao lado deste quadro. Eis que um oficial alemão se aproxima dele e da obra e pergunta:
- Bonita obra. Você quem fez?
- Não. Foi VOCÊ! - respondeu Picasso.

Um provérbio chinês

Dois garotos estavam brincando e avistaram um velho sábio.
O mais esperto dos garotos falou:
- Veja. É o sábio. Vamos provar que ele não é tão sábio?
- Como? - Perguntou o outro garoto.
- Vou pegar um pássaro e escondê-lo em minhas mãos. Vou perguntar ao sábio o que eu tenho nas mãos. Se ele responder que é um pássaro, eu pergunto se está vivo ou morto. Se ele falar que está vivo, eu mato o pássaro. Aí vamos provar que ele não é tão sábio assim. - Falou o mais esperto.
Os garotos conseguiram capturar o pássaro.
Então ambos se dirigiram ao sábio.
O garoto mais esperto se aproximou e perguntou:
- Sábio, o que tenho em minhas mãos?
- O PODER DA DECISÃO! - disse o sábio.

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Por simples ignorância e equívoco, muita gente, mesmo neste país relativamente livre, se deixa absorver de tal modo por preocupações artificiais e tarefas superfluamente ásperas, que não pode colher os frutos mais saborosos da vida. É bem evidente a vida mesquinha e vil que muitos levam, digo porque a experiência tem-me aguçado a visão para os que vivem na corda bamba, tentando negócios para escaparem às dívidas — esse antiqüíssimo atoleiro que os latinos chamavam de aes alienum, o cobre alheio — ainda assim vivendo e morrendo, enterrados pelo dinheiro alheio, sempre prometendo pagar, jurando pagar amanhã e morrendo hoje insolventes; bajulando por favores, angariando fregueses de mil e um modos desde que não redundem em prisão, mentindo, chaleirando, votando, enredando-se em meia dúzia de palavras corteses ou expandindo-se numa atmosfera de melíflua e vaporosa generosidade a fim de persuadirem o vizinho a deixá-los engraxarem seus sapatos, escovarem seu chapéu e casaco, limparem sua carruagem, ou ainda carregarem para ele compras da mercearia; fazendo-se de doentes de modo a economizarem algo para o dia em que estejam de fato doentes, algo a ser guardado numa velha cômoda ou armazenado atrás do reboco, melhor ainda, na bancada de tijolos, não importa onde, não importa se muito ou pouco. Os homens, em sua maioria, levam vidas de sereno desespero. O que se chama resignação é desespero crônico.

Henry David Thoreau
em Walden ou A Vida nos Bosques

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até sua morte. Não reverenciam as próprias vidas, mijam em suas vidas. As pessoas as cagam. Idiotas fodidos. Concentram-se demais em foder, cinema, dinheiro, família, foder. Suas mentes estão entupidas de algodão. Engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Acabam deixando que os outros pensem por elas. Suas mentes estão entupidas de bosta. São feios, falam feio, caminham feio. Toque pra elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouvi-la.


Charles Bukowski

quarta-feira, 14 de abril de 2010




É necessário ter-se nascido numa sociedade civilizada para se ter a resignação de viver nela toda a vida sem nunca sentir o desejo de libertar-se dessa esfera de convenções fátuas, de venenosas mentiras consagradas pelo uso de ambições mesquinhas e partidarismos acanhados, de diversas formas de falta de sinceridade, em uma palavra, de toda a loucura da vaidade que gela o coração, corrompe a inteligência, e tão insensatamente se chama vida civilizada. Nascido e criado fora desta sociedade, impossível se me torna aceitar essa cultura em doses fortes, sem experimentar logo a necessidade imediata de fugir para muito longe das suas complicações e absurdos.

Máximo Gorki

terça-feira, 13 de abril de 2010



Não quero convencer ninguém mas, se me perguntarem porque não há eleições diretas para Presidência há mais de um quarto de século eu responderei (acreditem se quiser) que há pouco menos do que isso o imaginário nacional foi ocupado por uma manipulação de natureza escatológica, muito mais do que escapismo ou válvula de escape, é alienação 100% embrutecedora, chamada novela. Não é arte, diga-se de passagem, aqui não vai nenhum preconceito contra uma fórmula (não há forma) de dominação mental de 120 milhões de humilhados pela gratuidade descartável do universo baixo entretenimento; a fórmula deriva do folhetim, um gênero igualmente periódico, alimentador de sonhos e pesadelos descartáveis, mas com uma incomparável qualidade artística e estilística que a telenovela, infelizmente, não tem... Se tivesse alguma qualidade de informação artística ou cultural, com seu quarto de século de insistência redundante, já teria apresentado. Afora o comportamento (freqüentemente falso, deformado e classista) a novela nada tem a ver com arte ou cultura.

(...)

A cada dia e noite milhões de brasileiros são ludibriados pela gratuidade ostensiva de cenários alheios à encenação, em que a desejável ação interior é substituída pela multiplicação de coadjuvantes que só servem para encher lingüiça ou – suprema descoberta da "modernidade" mais irritante... – o império pouco criativo e previsível do "merchandising" abusivo. Da arte moderna, os clichês; dos efeitos cinematográficos, os defeitos televisivos; da liberação de costumes, a coisificação mercadológica. A fórmula antimágica da novela brasileira só retira e expropria, confisca o público, oprimido pelo custo de vida, sem pão nem circo (mal servido pelo cinema, traído pelo futebol, bombardeado pelo rádio) não tem muitas opções senão suportar o discurso, resistindo à saturação pelo esquecimento de sua criatividade, negada há decadas nas urnas, câmeras e microfones.

O povo brasileiro, tradicionalmente espontâneo e inventivo, se esquece de sua famosa intuição, bossa, sexto sentido através do quê? A novela é um dos mais destacados capítulos da história do desespero alienado de um povo humilhado pela infeliz marcha dos acontecimentos...

Bate-bocas e têtes a tete (reuniões) que só levam à galinhagem pura e simples.

Resultado: a classe média sobrevive sob a síndrome da passarela.

A população não quer ver, nem ouvir com olhos e ouvidos livres, mas tão somente ser vista, aparecer, fazer fama para deitar na cama do sub-sucesso fácil, talvez virar sub-super-star de uma hora para outra, trair sua condição colonial, enganando aos outros e, pior de tudo, a si mesmo. O brasileiro não quer ver mas ser visto. Nem escolher mas ser escolhido pelo sistema babilônico...

Macaquear é preciso... Estão aí os videotismos, cacoetes e maneirismos.

Passar a perna, levar vantagem, tirar proveito próprio explicam mais a nação ocupada pela má-consciência do que o complexo de culpa e a culpabilidade colonial de autores (às vezes competentes, em luta contra o aparelho repressivo no interior da produção/distribuição do sub-produto pasteurizado, censura igualmente primária).

O videotismo é total. Isso sem falar no provincianismo, redundância, ausência de expressão e dicção, mediocrização do ser humano, cretinização da opinião pública, desacerto dos cortes entre uma seqüência e outra, imposição de bandas sonoras importadas de péssima qualidade, mitificação da mediocridade, abuso de autoridade e desrespeito ao próximo, nível ginasiano da representação...

Não falaremos dos comerciais porque aí o panorama é ainda mais desolador.


Rogério Sganzerla, maio de 1988.

segunda-feira, 12 de abril de 2010




A fim de poder desenvolver-se em conformidade com a sua natureza, o Estado utiliza em mim as tesouras da cultura, dá-me uma educação e uma formação apropriadas a ele e não a Mim. Ensinando-me, por exemplo, a respeitar as leis, a abster-me de atentar contra a propriedade de Estado (quer dizer, a propriedade privada), a venerar a majestade divina e terrestre, em resumo, ensina-me a ser irrepreensível, sacrificando minha particularidade ao sagrado. (...) É nisso que consiste o gênero educação e cultura que me pode dar o Estado: ele faz de mim um instrumento utilizável, um membro útil da sociedade.

Max Stirner

domingo, 11 de abril de 2010

Mito




O sonho é o único direito que não se pode proibir.
O sentimento de colaboração humana renova e revela uma nova categoria de indivíduo, mas é necessário para isso que a velha cultura seja revolucionada.
Nenhuma estatística pode informar a dimensão da pobreza. A pobreza é a carga autodestrutiva máxima de cada homem.
Na medida que a desrazão planeja a revolução, a razão planeja a repressão.
A revolução é a anti-razão que comunica as tensões e rebeliões do mais irracional de todos os fenômenos que é a pobreza.
A revolução, como possessão do homem que lança sua vida rumo a uma idéia, é o mais alto astral do misticismo.
As revoluções se fazem na imprevisibilidade da prática histórica que é a cabala do encontro das forças irracionais das massas pobres.
A revolução é uma mágica porque é o imprevisto dentro da razão dominadora.
A cultura popular será sempre uma manifestação relativa quando apenas inspiradora de uma arte criada por artistas ainda sufocados pela razão burguesa.
A cultura popular não é o que se chama tecnicamente de folclore, mas a linguagem popular de permanente rebelião histórica.
O Povo é o mito da burguesia.


Glauber Rocha

sábado, 10 de abril de 2010

O Fim (2)

Para nossa medíocre e limitada interpretação e cognição e experiência, é inevitável a existência de um fim.
Nossa própria existência se resume ao fim.
Existimos para termos fim.
Fim, ou morte, é o término do lampejo de existência chamado de VIDA.
Lampejo de existência porque nada mais é que um piscar de olhos para a existência do mundo.
A vida do ser humano começa e termina antes mesmo que o mundo se dê conta de sua existência, mas para o próprio ser humano viver é fazer o seu papel como criatura, como homem.
Realizar esse papel é tomar lugar nas engrenagens desse ciclo.
O ponto que a existência humana não se dá conta é esse ciclo.
O ser humano é mesquinho, medíocre, ignorante, idiota: ele pensa apenas em sua própria existência e se esquece do ciclo. Este ciclo é formado por todos os indivíduos chamados de humanos.
A partir do momento que o ser humano se esquece do ciclo, ele está aceitando o fato de viver apenas por um lampejo de existência, já que sua obra se encerra.
Esta obra se encerra porque este mesmo ser humano mesquinho, que esqueceu do ciclo, decidiu ser apenas um parafuso solto nessa engrenagem, ao invés de fazer parte do maquinário como um todo.
É inevitável para o ser humano pensar no fim.
Mas o que o ser humano esquece é que para que exista um fim real, este fim deve ser coletivo.
Se uma obra individual - ser humano - é finalizada, ela acaba. Uma obra coletiva - toda a engrenagem - não precisa ter um fim: ela continua conforme roda sua própria engrenagem. Quando uma peça encontra seu fim, ou outra assume o seu lugar ou o próprio sistema tem meios para continuar com sua ausência, se for o caso da existência coletiva.
Acreditar no fim é acreditar apenas em sua própria existência, na existência individual.
Se acreditas na coletividade, teu papel deve ser construído para que não tenha fim!!!
Trabalhe para o próximo, para que este trabalha para o próximo e assim por diante.
OU
Na hipótese mais esperada de comportamento humano: viva por si só e escreva um verso sem sentido e descontextualizado na poesia chamada de mundo.

Dedico e agradeço essa pequena introdução àqueles que desejam fazer uma obra concreta.
Obrigado por acreditarem em NÓS!!!
Obrigado por acreditarem no MUNDO!!!
Obrigado por acreditarem na VIDA!!!

Para todos os outros análogos a situação: numerem seus dias, pois eles já estão contados.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O fim




Um dos sinais da aproximação do Fim - que tantos parecem esperar - consiste em um fascínio por todos os detritos mais negativos & odiosos da época, um fascínio sentido pelos próprios pensadores que se consideram os mais perspicazes sobre o assim chamado apocalipse sobre o qual nos alertam.

Desprezo o "Fim do Mundo" como um ícone ideológico apontado para minha cabeça pela religião, pelo Estado & pelo meio cultural, como uma razão para não se fazer nada. Compreendo que a religião & os "poderes" políticos querem manter-me tremendo de medo. Já que apenas eles oferecem a única chance de se evitar o ragnarok (através da prece, através da democracia, através do comunismo etc.), devo seguir seus ditames como uma ovelha & não ousar nada por mim mesmo.


Hakim Bey
em Caos